O estrabismo pode voltar depois da cirurgia?

O estrabismo pode voltar depois da cirurgia?

O estrabismo pode voltar depois da cirurgia! Ou seja, pode ocorrer novamente o desalinhamento do olho mesmo após o oftalmologista operar o olho e corrigir o desvio.

Mas por que isso ocorre?

O estrabismo pode voltar por diversas razões. Para realizar a cirurgia de alinhamento ocular o oftalmologista mede o tamanho do desvio para avaliar quais os músculos que precisam de ajustes. Esses ajustes envolvem o fortalecimento e/ou o enfraquecimento desses músculos.

O olho tem músculos?

Sim! Os movimentos oculares para os lados, para cima e para baixo são comandados pelos músculos oculomotores.

Esses músculos precisam trabalhar em sincronia para que os movimentos dos olhos ocorram para o mesmo lado.

Contudo, nas pessoas com estrabismo alguns músculos podem estar enfraquecidos e não conseguem manter os olhos alinhados durante esses movimentos.

Dessa maneira, a cirurgia do estrabismo visa ao reposicionamento ou ao encurtamento dos músculos oculares para que trabalhem em sincronia. Com isso, o olho fica alinhado.

Por que o estrabismo pode voltar?

Os ajustes que o oftalmologista precisa fazer para alinhar os olhos são calculados em cima de índices e tabelas. Alguns pacientes podem não responder muito bem a esses cálculos. Com isso, o desvio pode voltar.

Outra razão muito comum da recidiva do estrabismo é a idade. Nas crianças isso é muito comum devido ao crescimento do olho, por exemplo.

As mudanças de grau de erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia) também impactam numa possível recorrência do desalinhamento ocular.

Por fim, pessoas com alguma doença que altera o tônus muscular também podem apresentar o retorno do desvio ocular devido ao músculo se tornar mais flácido.

Qual a probabilidade do estrabismo voltar?

 Estudos apontam que a taxa de reoperação do estrabismo pode chegar a quase 16%. Essa taxa no primeiro ano pós cirurgia é de 7,7% em crianças e de 8,5% em adultos, segundo um estudo publicado no Canadian Journal of Ophthalmology.

O mais importante é saber que na maioria dos casos não há necessidade de uma nova cirurgia ou não há recidiva do desvio ocular.

Além disso, a cirurgia de estrabismo é considerada de pequeno porte e segura. Portanto, mesmo que seja necessária uma nova correção, a cirurgia é segura e resolve o desvio.

Por fim, a boa notícia é que após uma reoperação é raríssimo uma recidiva do estrabismo.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.

 A médica atende em seu consultório em São Paulo, na região dos Jardins, bem como realiza alguns atendimentos nas cidades do Rio de Janeiro e Sorocaba.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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