Principais problemas de visão na prematuridade

Principais problemas de visão na prematuridade

Os principais problemas de visão na prematuridade são a retinopatia da prematuridade e estrabismo.

O mês de novembro é dedicado à prematuridade por meio do movimento Novembro Roxo. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 12% dos bebês nascem prematuros, ou seja, antes de completar 37 semanas de gestação. Mas felizmente a maioria sobrevive à prematuridade.

A prematuridade aumenta o risco de problemas oculares que podem causar perda visual. Isso porque o desenvolvimento da visão ocorre nas últimas 12 semanas de gestação e se completa por volta dos 7 anos de idade.

“Por isso, os bebês prematuros, especialmente àqueles chamados de prematuros extremos, que nascem antes de completar 28 semanas de gestação, têm um risco aumentado para problemas como a retinopatia da prematuridade (ROP), estrabismo e erros refrativos”, explica Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo. 

ROP e cegueira infantil – Visão na Prematuridade

A retinopatia da prematuridade é uma das principais causas de cegueira infantil. A retina, popularmente conhecida como fundo do olho, é uma estrutura essencial para a visão. Os vasos sanguíneos da retina começam a se desenvolver entre a 18ª a 20ª semanas de gestação e continuam a crescer ao longo da gestação.

“Entretanto, quando o bebê nasce antes do tempo, ocorre uma interrupção no crescimento dos vasos na retina.  Quando esse processo se reinicia, os vasos se desenvolvem de forma anormal com risco de rompimento e sangramento”, explica Dra. Marcela.

Nem todos os prematuros desenvolvem a ROP. Os principais fatores de risco da ROP são baixo peso, prematuridade extrema, falta ou excesso de oxigênio, infecções e exsanguineotransfusão, procedimento em que o sangue do bebê é removido e trocado por outro.

Tratamento precoce é fundamental

A retinopatia da prematuridade tem tratamento. O mais importante é que o diagnóstico seja precoce para prevenir a perda visual e outras complicações, como o descolamento de retina.

Hoje, há diversos tratamentos para ROP como a fotocoagulação a laser e injeções com substâncias que inibem o crescimento de novos vasos sanguíneos e a crioterapia.

Estrabismo em prematuros é muito comum

O estrabismo é outra condição muito prevalente nos prematuros, também relacionado à imaturidade orgânica que pode causar alterações nos músculos que controlam os movimentos oculares.

“O estrabismo, em alguns casos, pode estar relacionado a retinopatia da prematuridade, assim como aos erros refrativos e, em alguns casos, ao comprometimento neurológico. Estima-se que de 22 a 47% das crianças que tiveram ROP terão estrabismo e cerca de metade irá apresentar algum grau de ambliopia (olho preguiçoso)”, diz Dra. Marcela.

Como prevenir problemas de visão na prematuridade

Todo bebê que nasce pré-termo precisa ser acompanhado por um equipe multidisciplinar, o que inclui o oftalmopediatra. Na maternidade, o ideal é que o bebê seja avaliado por um oftalmopediatra para o diagnóstico precoce de condições visuais, como a retinopatia da prematuridade, por exemplo.

A recomendação é que a avaliação oftalmológica ocorra entre a 31ª e 33ª semana de idade gestacional ou entre a 4ª e 6ª semana de vida.

O bebê prematuro precisará de consultas com o oftalmopediatra de forma rotineira, até que a visão esteja completa, por volta dos sete ou oito anos, mesmo que não apresente nenhum problema na maternidade.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.

 A médica atende em seu consultório em São Paulo, na região dos Jardins.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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