Sintomas da celulite orbitária – O que você precisa saber

Sintomas da celulite orbitária – O que você precisa saber

Os sintomas da celulite orbitária são variados. Entretanto, o mais característico é o inchaço intenso na região ao redor do globo ocular. O edema pode, inclusive, impedir a abertura completa das pálpebras. Outros sintomas são vermelhidão, calor no local, febre, dor intensa ao movimentar o olho.

A condição pode causar ainda inchaço na conjuntiva (tecido que reveste a parte da frente do globo ocular), dor de cabeça, secreção com pus no nariz e mal-estar geral, devido ao processo infeccioso.

Agora que já falamos sobre os principais sintomas da celulite orbitária, vamos conhecer melhor a doença.

O que é celulite orbitária?

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, a celulite orbitária é uma infecção grave, que atinge os tecidos moles da órbita. A órbita é uma cavidade na parte da frente do crânio em que se encontram o globo ocular, músculos, vasos sanguíneos, nervo óptico, glândulas lacrimais, gordura e tecido conjuntivo.

“Apesar de não ser muito conhecida pela população em geral, é crucial disseminar informações a respeito da doença, já que se trata de uma condição que pode causar perda da visão”, alerta a especialista.

Embora a celulite orbital possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum na população pediátrica. Os dados apontam que cerca de 90% dos casos são complicações de sinusites bacterianas. “Temos outras causas, mais raras, como infecções dentárias, otites, trauma orbital, cirurgias oculares prévias. Por fim, pessoas com imunodeficiência correm um risco maior de desenvolver a celulite ocular”, comenta Dra. Marcela.

Na presença dos sintomas da celulite orbitária, pais devem procurar pronto-socorro

Normalmente, os primeiros sinais da celulite orbitária são o inchaço e a vermelhidão. O inchaço é bem típico, pois pode até impedir da criança conseguir abrir os olhos. Como é um processo infeccioso, a criança pode ficar mais debilitada e amuada.

“O mais importante é conscientizar os pais de que se trata de uma doença grave, que pode evoluir para a perda da visão em cerca de 11% dos casos. Portanto, na presença dos sintomas da celulite orbitária, os pais precisam levar a criança ao pronto-socorro o mais rápido possível”, ressalta a especialista.

Para além do risco de perder a visão, a celulite orbitária pode evoluir para quadros de infecções no cérebro, como a meningite. “Os olhos, os seios da face (os espaços que ficam no interior da face e do crânio), a mucosa nasal e o cérebro estão localizados muito próximos uns dos outros. Esta característica anatômica aumenta o risco da infecção se espalhar.

Diagnóstico pode envolver exames adicionais

O diagnóstico da celulite orbitária é baseado no exame clínico, combinado com os sinais e sintomas apresentados. Contudo, há características importantes que ajudam a diferenciar a celulite ocular de outras condições, como a limitação da mobilidade ocular (oftalmoplegia), presença de dor ao movimento e proptose ocular, popularmente chamada de “olhos esbugalhados”.

O diagnóstico de celulite orbitária pode ser confirmado por exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Para além disto, em muitos casos é preciso analisar qual tipo de micro-organismo está envolvido na infecção para administrar os medicamentos que irão combater a infecção.

Devido à gravidade da doença, o tratamento é feito em ambiente hospitalar, com aplicação endovenosa de antibióticos assim que o diagnóstico é confirmado.

Prevenção depende do tratamento da causa

A prevenção da celulite orbitária depende, basicamente, do tratamento da condição de base, ou seja, da doença que levou ao seu desenvolvimento. Como na maioria dos casos a causa é uma sinusite infecciosa, seu tratamento é a chave para prevenir a celulite ocular.

“Um recado importante é que as sinusites infecciosas são mais prevalentes no inverno. Portanto, os pais devem estar atentos as infecções do trato respiratório e procurar tratamento adequado, principalmente para as sinusites”, finaliza Dra. Marcela.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo. 

 O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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