Os sinais e sintomas do herpes ocular dependem da região em que a doença se manifesta. Em geral, os sinais e sintomas são: dor de cabeça, irritação nos olhos, vermelhidão, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, sensibilidade à luz e coceira.
Primeiramente, é importante dizer que o herpes ocular pode afetar os olhos e as pálpebras. Portanto, os sinais e sintomas podem surgir nessas duas regiões.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmologista infantil, especialista em estrabismo e Chefe do Serviço de Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), quando o herpes ocular atinge apenas as pálpebras, os sintomas costumam ser os mesmos do herpes que atinge a cavidade oral e labial.
“Normalmente, os sinais e sintomas do herpes ocular que atinge as pálpebras começam com uma coceira e, em seguida, com o aparecimento de bolhas. A região costuma ficar dolorida e essa bolhas evoluem para feridas. Com o passar dos dias, essas feridas cicatrizam e as crostas caem”, diz a especialista.
“Entretanto, o que mais nos preocupa em um quadro de herpes ocular é propagação do vírus para o globo ocular. Quando isso ocorre, o vírus pode se manifestar na conjuntiva, córnea e, finalmente, na retina”, alerta Dra. Marcela.
Herpes ocular atinge crianças e adultos
O herpes ocular é uma doença viral que atinge adultos e crianças. Contudo, é a forma menos prevalente. Em geral, o herpes costuma se desenvolver na região dos lábios e da boca, sendo que a maior parte da população – 8 em cada 10 pessoas – irá desenvolver ao menos um episódio de herpes simples ao longo da vida.
“O herpes ocular é uma doença causada pelo vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1). Na maioria dos casos, a infecção pelo vírus acontece na infância. Entretanto, a contaminação não significa que a criança vai desenvolver uma crise. Adicionalmente, há outros casos em que a infecção é assintomática”, conta Dra. Marcela.
Sinais e sintomas do herpes ocular – Como o vírus se manifesta
O vírus do herpes se instala nos gânglios sensoriais do nervo trigêmeo e fica adormecido. Uma vez que o vírus se instalou no organismo, ele ficará para sempre. Mas, existem situações que predispõem uma crise de herpes, seja o labial ou o ocular.
“Em geral, os gatilhos que desencadeiam uma crise de herpes são períodos de muito estresse, baixa imunidade, quadros febris, pós-cirúrgicos, traumas locais e, em alguns casos, exposição ao sol”, diz a oftalmologista.
Sinais e sintomas do herpes ocular na retina
Inicialmente, é importante dizer que o herpes ocular é raro, principalmente o herpes ocular que atinge a retina. Por outro lado, quando a infecção se desenvolve no tecido retiniano, é uma condição que pode causar danos visuais importantes.
“Quando o herpes atinge a retina existe um risco maior de o paciente desenvolver um quadro de necrose retiniana aguda (NRA). Essa condição pode ocorrer isoladamente, mas na maioria dos casos é seguida de um quadro de herpes orofacial. O embaçamento visual é bastante comum e pode vir acompanhando de moscas volantes e dor importante nos olhos. Infelizmente, o desfecho costuma ser ruim e evoluir para perda visual”, ressalta Dra. Marcela.
Herpes ocular exige diagnóstico diferencial
Infelizmente, quando os sinais e sintomas do herpes ocular atingem partes do globo ocular, como a córnea, conjuntiva e retina, nem sempre o diagnóstico é rápido. A razão é que os sintomas iniciais podem ser parecidos com os de uma conjuntivite, por exemplo.
“Por isso, é muito importante saber que a principal diferença é que a conjuntivite costuma afetar os dois olhos ao mesmo tempo e o herpes apenas um dos olhos. Para além disso, é importante esclarecer que o herpes que atinge a boca, lábios e as pálpebras pode migrar para dentro do globo ocular”, reforça Dra. Marcela.
Herpes ocular exige tratamento imediato
Na presença dos sinais e sintomas do herpes ocular é imprescindível procurar um oftalmologista, assim que possível. “O tratamento consiste no uso de antivirais tópicos ou orais. Além disso, quando o paciente apresenta crises frequentes de herpes, seja o ocular ou o orofacial, é fortemente recomendado procurar um infectologista ou um imunologista, para realizar um tratamento profilático com antivirais”, finaliza Dra. Marcela.
Dra. Marcela Barreira é oftalmopediatra, especialista em estrabismo e neuroftalmologista.
O consultório fica em São Paulo, capital.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
Matéria produzida pela jornalista Leda Maria Sangiorgio – MTB 30.714
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