Retinopatia da Prematuridade afeta cerca de 30% dos bebês prematuros

Retinopatia da Prematuridade afeta cerca de 30% dos bebês prematuros

A retinopatia da prematuridade afeta cerca de um terço dos bebês com menos de 1,5 kg. O risco aumenta para 65% em bebês com menos de 1,2 kg

Estamos no Novembro Roxo, mês internacional de sensibilização sobre a prematuridade. O movimento visa alertar a sociedade sobre o número crescente de partos que ocorrem antes do tempo e suas consequências. Um dos problemas dos bebês pré-termo é a retinopatia da prematuridade. Infelizmente, a prevalência da ROP é alta e pode atingir cerca de 30% dos bebês com menos de 1,5 kg e quase metade de bebês com menos de 1,2kg.

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra geral e especialista em estrabismo, o desenvolvimento do sistema visual acontece por volta das 12 semanas de gestação e se completa fora do útero, por volta dos 7 anos de idade. Desta forma, todas as intercorrências durante a gestação e no pós-parto podem causar doenças oftalmológicas.

“Os fatores de risco mais importantes da ROP são a prematuridade, baixo peso ao nascer e oxigenoterapia. O excesso ou a falta de oxigênio, infecções em geral e a exsanguineotransfusão (procedimento em que o sangue do bebê é removido e trocado por outro) também elevam a chance de complicações na retina”, alerta Dra. Marcela.

Retinopatia da Prematuridade causa crescimento de neovasos na retina

“A retinopatia da prematuridade ocorre quando há uma proliferação de novos vasos sanguíneos na retina. Estes neovasos causam problemas na circulação, bem como podem se romper e causar sangramentos na região da retina. Por fim, a ROP pode causar um descolamento da retina, problema que pode levar à perda da visão”, explica a especialista.

Apesar de a ROP ser uma das principais causas de cegueira infantil, é uma condição que pode ser tratada, desde que diagnosticada de forma precoce.

“Por isto, é imprescindível que os prematuros sejam acompanhados por um oftalmopediatra ainda no período de internação hospitalar. Após a alta, o acompanhamento também é fundamental e deve ser feito até que a visão esteja totalmente desenvolvida, o que ocorre por volta dos 7 anos.

Tratamento impede evolução dos danos na retina

“O tratamento da retinopatia da prematuridade depende de vários fatores. Existem casos que são apenas acompanhados e outros tratados. Os casos mais delicados, em que há risco de ocorrer o descolamento da retina, podem ser tratados com recursos como fotocoagulação a laser, injeções com substâncias antiangiogênicas e crioterapia”, comenta Dra. Marcela

“Vale reforçar que a ROP aumenta o risco de outros problemas oculares ao longo da infância. Os prematuros têm uma chance maior de desenvolver erros refrativos, ambliopia e estrabismo.

Portanto, o conselho para os pais de bebês pré-termo é procurar um oftalmopediatra para realizar um acompanhamento oftalmológico regular ao longo da infância”, finaliza Dra. Marcela.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo. 

 O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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