Recorrência do estrabismo após a cirurgia: Por que isto acontece?

Recorrência do estrabismo após a cirurgia: Por que isto acontece?

Primeiramente, é importante dizer que a recorrência do estrabismo após a cirurgia não é comum, mas pode acontecer. De acordo com os estudos a respeito do assunto, a taxa de reoperação do estrabismo é de cerca de 16%.

Em geral, após o primeiro ano da cirurgia, cerca de 7% das crianças e 8,5% dos adultos, podem necessitar de uma nova cirurgia para alinhamento do eixo visual.

Causas da recorrência do estrabismo

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, existem algumas razões que podem explicar a recorrência do estrabismo após a cirurgia.

“Uma delas é que durante a fase de planejamento cirúrgico, medimos o tamanho do desvio para analisar quais os músculos precisam de ajustes. Ou seja, quais músculos precisam de fortalecimento e/ou enfraquecimento. Realizamos estes cálculos com base em índices e tabelas. Contudo, alguns pacientes podem não responder tão bem a esses cálculos”, explica.

“Outra razão importante relacionada à recorrência do estrabismo após a cirurgia é a idade. “O olho cresce ao longo da infância. Portanto, quando operamos crianças ou bebês, é possível ocorrer um novo desalinhamento devido ao crescimento ocular”, comenta a especialista.

“A recorrência do estrabismo após a cirurgia também pode estar associada ao surgimento de erros refrativos, como a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo. Por fim, algumas pessoas apresentam alterações no tônus muscular, ou seja, possuem músculos mais flácidos. Desta forma, essa característica pode contribuir para um novo estrabismo”, adiciona Dra. Marcela.

Qual a solução para a recorrência do estrabismo após a cirurgia?

O tratamento para a recidiva do estrabismo após a cirurgia é uma nova cirurgia! A boa notícia é que na maioria dos casos, a reoperação do estrabismo resolve o desvio de forma definitiva.

Acima de tudo, o mais importante é que a cirurgia de estrabismo é considerada segura e está associada a uma recuperação tranquila. Todavia, vale lembrar que o ideal é procurar médicos oftalmologistas, que são especialistas em estrabismo, para assegurar bons resultados.

“Finalmente, em alguns pacientes, é possível corrigir o novo desvio com o uso da toxina botulínica. De qualquer maneira, o tratamento sempre é individualizado e determinado pelo médico”, finaliza Dra. Marcela.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo. 

 O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

 

 

 

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