O pós-operatório da cirurgia de estrabismo costuma ser tranquilo. Mas como qualquer cirurgia, pode gerar muitas dúvidas e deixar os pais apreensivos. Geralmente, a correção do desvio é realizada na infância, de preferência antes dos 7 anos de idade. Isto é importante para garantir um bom desenvolvimento visual.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, o desalinhamento dos eixos visuais se desenvolve na infância. Alguns tipos de estrabismo, como o congênito, por exemplo, podem ter indicação de correção cirúrgica de forma precoce, antes de a criança completar um ano. “O mais importante é dizer que a cirurgia de estrabismo é de baixa complexidade, com raríssimas intercorrências. De qualquer modo, é normal que os pais tenham dúvidas e fiquem apreensivos, principalmente a respeito do pós-cirúrgico”.
Pós-operatório da cirurgia de estrabismo não costuma causar dor intensa
Uma das perguntas mais comuns é a respeito da dor. “Nos dois primeiros dias a criança pode sentir um desconforto ou uma dor leve. Para aliviar este sintoma podem ser prescritos analgésicos simples. Mas na maioria dos casos não é preciso medicar. O que mais pode incomodar é a movimentação dos olhos, já que a cirurgia corrige os músculos responsáveis pelo alinhamento do eixo visual”, comenta Dra. Marcela. Outro desconforto que pode ocorrer é a sensação de areia nos olhos. Isto está ligado aos pontos (suturas) realizados nos músculos oculares. Em geral, este sintoma pode estar presente nos primeiros 10 dias após a cirurgia. Os pontos são absorvidos pelo organismo, sem necessidade de removê-los em consultório.
Principais cuidados no pós-operatório da cirurgia de estrabismo
Nenhuma criança gosta de tomar remédio. Contudo, após a cirurgia de estrabismo é preciso usar antibióticos para prevenir uma infecção. “A boa notícia é que a medicação é em forma de colírio, o que pode amenizar a resistência dos pequenos em relação aos remédios. Ainda sobre cuidados médicos, é importante dizer que não é usado nenhum tipo de curativo ou tampão nos olhos depois da cirurgia”, conta a médica.
“Os pais devem seguir as orientações do oftalmologista de forma precisa. Isto envolve não manipular o olho operado, não usar nenhuma pomada ou outro medicamento, nem fazer curativos. O único cuidado será aplicar uma gota do colírio no olho operado de acordo com a prescrição”, reforça Dra. Marcela.
De pernas para o ar
Depois da cirurgia do estrabismo é importante que a criança faça repouso. Mas é um repouso relativo. A criança deve ficar afastada da escola por volta de 5 a 7 dias. Neste período é importante incentivar atividades mais leves e que não exijam muito esforço físico nem visual.
“Nos primeiros dias a visão pode ficar um pouco embaçada. Portanto, atividades que exigem mais atenção visual devem ser evitadas para prevenir acidentes, tropeços, quedas etc. Mesmo após o período de repouso é preciso tomar cuidado com esportes como lutas e jogos com bolas para evitar traumas nos olhos. Por outro lado, os esportes e atividades aquáticas devem ser suspensos por 30 dias ou até a liberação do médico”, explica Dra. Marcela.
Problema solucionado
Felizmente, a cirurgia de estrabismo é segura, de baixo risco e resulta na correção do eixo visual. “Na maioria dos casos o alinhamento é definitivo, ou seja, a criança não vai precisar de nenhum outro tratamento para o estrabismo ao longo da vida. Por fim, é crucial realizar a cirurgia antes dos 7 anos de idade para assegurar um bom desenvolvimento da visão”, finaliza a especialista.
Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo. A médica tem experiência em tratar a ambliopia com tampão.
O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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