Onde calor e cuidados com os olhos
A onda de calor que atinge alguns estados brasileiros pode causar diversos problemas de saúde como desidratação, hipertermia, insolação e mal-estar em geral. Para além disto, o calor acima do normal também pode ocasionar alguns problemas oculares ou ainda agravar sintomas de condições já existentes nas crianças.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmologista especialista em estrabismo, o calor associado à baixa umidade, causam o acúmulo de partículas que ficam suspensas no ar. Poeira, poluição e outros agentes alérgenos podem piorar as alergias em geral, incluindo as conjuntivites alérgicas. Isto pode ocorrer com todas as crianças, incluindo àquelas sem histórico de alergias.
Primavera e pólen
Outro fator que pode contribuir para o aumento de problemas oculares nas crianças é a chegada da primavera. Nesta estação, temos uma concentração maior do pólen. Embora seja de extrema importância para a biodiversidade, este agente invisível está associado ao aumento das alergias durante os meses de setembro e outubro.
O contato com o pólen ocorre durante a respiração, já que ele fica suspenso no ar. Com o ar mais seco, a presença deste agente na atmosfera é ainda maior. Nas crianças que são atópicas (alérgicas) o contato com pólen aciona o sistema imunológico que apresenta uma reação exagerada, levando a crises de rinite e de conjuntivite alérgica”, explica Dra. Marcela.
Secura ocular também pode afetar os pequenos
Além do risco de alergias oculares e conjuntivite, a onda de calor e o ar seco podem causar sintomas como secura ocular nas crianças. “A climatização dos ambientes, seja com ar-condicionado ou ventiladores, deixa o ar ainda mais seco. E neste calor temos ainda o aumento da frequência de piscinas e praias. A água do mar e das piscinas podem agravar os sintomas oculares como a coceira, secura e vermelhidão”, comenta Dra. Marcela.
Cuide dos olhinhos
Com a ajuda da especialista, elaboramos uma lista de cuidados com a saúde ocular dos pequenos nos dias mais quentes e secos.
- Procure manter os ambientes limpos, removendo a poeira acumulada na casa. Lembre-se que as partículas podem estar nos brinquedos, tapetes, cortinas e até na roupa de cama
- O uso de umidificadores também é imprescindível para manter a qualidade do ar
- O umidificador também é importante nos ambientes climatizados com ventiladores e ar-condicionado
- Crianças que frequentam praias e piscinas devem usar óculos de natação para proteger os olhos do cloro, água salgada e outros micro-organismos que podem causar infecções oculares
- Evite levar a criança para as ruas, especialmente nos horários de pico. Isto porque as partículas da poluição ficam suspensas no ar
- O uso de óculos de sol com proteção UVA/UVB também é importante para proteger os olhos das crianças
- Peça ao oftalmopediatra a prescrição de um colírio lubrificante, caso a criança apresente ressecamento ocular, vermelhidão e irritação
Sinais de alerta
Na persistência dos sintomas como coceira, irritação e vermelhidão os pais devem procurar o oftalmologista. Em muitos casos é preciso usar medicamentos antialérgicos e anti-inflamatórios para controlar a alergia. Outra recomendação é não usar colírios sem orientação médica”, finaliza Dra. Marcela.
Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.
O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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