Os olhos das crianças no verão ficam suscetíveis a várias doenças e desconfortos. Mas, com alguns cuidados simples é possível prevenir que isto aconteça.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, o clima quente e úmido une condições perfeitas para a multiplicação de micro-organismos com fungos, bactérias e vírus.
“Por isto, temos muitos casos de conjuntivites infecciosas durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Normalmente, a contaminação ocorre quando a criança frequenta piscinas contaminadas, como as de clubes, hotéis e condomínios”.
Outra doença bastante comum no verão é a conjuntivite irritativa/alérgica. “A água do mar e o cloro das piscinas são agentes que podem irritar os olhos das crianças. Somado a isto, o uso de protetor solar no rosto pode escorrer e entrar no olho, causando ardência e deixando o olho irritado por algum tempo”, comenta a médica.
“E no calorão que anda fazendo no Brasil, nada melhor do que ficar em ambientes climatizados. Contudo, o ar-condicionado e os ventiladores reduzem a umidade no ar e isto também pode ressecar a superfície ocular”, acrescenta Dra. Marcela.
Vermelhidão persistente é sinal de alerta
Além de tomar alguns cuidados, os pais precisam estar atentos aos sinais e sintomas. A vermelhidão ocular após um dia na praia e na piscina é comum. “Mas se este sintoma persistir por mais tempo, e estiver acompanhado de outras manifestações como coceira, dor, irritação, ardência e acúmulo de secreção, é preciso procurar um oftalmologista”, alerta Dra. Marcela.
Terçol também é mais comum no verão
O terçol, infecção bacteriana que atinge as pálpebras, é bastante frequente no verão. As crianças costumam tocar os olhos e a face em geral com as mãos sujas. Com isto, podem levar os micro-organismos para a região ocular, ocasionando um terçol.
“O sinal mais clássico é o surgimento repetino de uma bolinha nas bordas das pálpebras. A região pode ficar dolorida, quente e vermelha, com a formação de pus. Felizmente, o terçol se resolve de forma espontânea. A única recomendação é fazer compressas mornas para amolecer a secreção”, conta a especialista.
Dicas práticas
Para ajudar os papais e mamães a proteger os olhos das crianças no verão, preparamos algumas dicas. Confira:
- O óculos de natação é um item indispensável para proteger os olhos durante práticas aquáticas. Além de reduzir o contato com os produtos químicos de piscinas e da água do mar, as lentes barram os micro-organismos.
- O protetor solar não deve ser aplicado nas pálpebras superiores da criança! A aplicação deve ser feita apenas na região de baixo das pálpebras, preferencialmente com protetores faciais. O produto deve secar antes de a criança voltar para a água. Hoje já é possível encontrar protetores faciais em bastão, que são mais práticos e seguros na hora de aplicar nas crianças.
- Os óculos de sol com lentes de proteção contra os raios solares são bem-vindos, desde que a criança se adeque ao uso.
- Seja na praia ou na piscina, tenha em mãos uma garrafa com água potável para lavar os olhos da criança, sempre que necessário.
- Reforce a proteção da região facial com o uso de bonés ou viseiras
- Não use colírios ou pomadas nos olhos das crianças, sem prescrição do oftalmologista.
Procure o Oftalmologista
Caso a criança apresente sinais persistentes e sintomas mais repentinos, o ideal é procurar um oftalmologista ou um pronto-socorro.
Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.
O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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