Óculos de grau para as crianças é algo cada vez mais comum. Mas escolher uma armação não é tarefa fácil! Por isto, hoje vamos falar sobre isto.
O melhor óculos de grau para as crianças é aquele que atende todas as necessidades, de forma individual. Mas há alguns aspectos que devem ser levados em consideração na hora de escolher as armações e lentes para o público infantil.
Óculos de grau precisa ser resistente
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, os óculos precisam ser confortáveis, duráveis e resistentes. Atualmente existem armações feitas de silicone, grilamid e resina morfa termoplástica.
“As armações produzidas com estes materiais são mais flexíveis, portanto, quebram com menos facilidade. Esta característica é uma das mais importantes, já que as atividades e brincadeiras na infância aumentam o risco de acidentes, que podem resultar na quebra dos óculos”, comenta.
Para além da segurança, o conforto também é um aspecto relevante. “Os bebês e as crianças pequenas têm rostos menores e mais delicados. A armação precisa ser leve e oferecer um bom suporte para que o óculos fique bem apoiado no nariz”, diz Dra. Marcela.
Fique longe destas armações
As armações de acetato e metal são contraindicadas para crianças. As de acetato são pesadas e quando quebram, na maioria dos casos, não podem ser consertadas. Embora as armações de metal sejam leves, também podem quebrar ou entortar com muita facilidade.
Óculos para esportes
O uso de óculos na infância pode dificultar a prática de alguns esportes, principalmente quando o grau é muito alto. Nestes casos existem algumas alternativas.
“A primeira é optar por óculos que já vem acompanhados de prendedores nas hastes. Com estas armações, a criança fica mais livre para brincar e para praticar esportes em geral, sem medo do óculos cair”, diz a especialista.
Quando o óculos não vem com o prendedor, é possível comprar estes dispositivos em óticas ou em sites especializados em acessórios para óculos. Por fim, também existem armações exclusivas para a prática de atividades físicas, que podem ser uma ótima opção para atividades como futebol, basquete, tênis, lutas, ginástica artística etc.
Lentes também importam na escolha do óculos de grau para crianças
Além da armação, as lentes para óculos de grau infantil possuem diferenças. A segurança e a resistência são as principais características que devem ser consideradas na hora da compra. “As lentes mais acessíveis são as de acrílico. Porém, quando o grau é alto, seja de miopia ou de hipermetropia, as lentes de acrílico ficam grossas e pesadas”, explica Dra. Marcela.
Já as lentes de policarbonato são mais resistentes e até 30% mais leves que as lentes de acrílico. Mesmo com graus acima de 4, costumam ser mais finas. As lentes trivex são feitas com um material semelhante ao policarbonato. A principal vantagem, além da resistência, é a maior nitidez devido ao processo de moldagem.
Por fim, a resina é um material mais resistente e leve do que o policarbonato. As lentes de resina são indicadas para os erros refrativos considerados altos. Isto porque o material é fino e tem alto índice de refração.
Óculos de grau na infância
De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de problema visual, sendo os mais comuns: miopia, seguido por hipermetropia e por último, astigmatismo. A maioria dos casos de erros refrativos na infância são detectados na fase escolar, por volta dos 5 a 6 anos de idade.
“Entretanto, precisamos chamar a atenção dos pais sobre o assunto. Em muitos casos a criança desenvolve o erro refrativo mais cedo, até mesmo no primeiro ano de vida. Mas a criança não vai se queixar sobre a visão, já que ela não tem parâmetros para comparar uma boa visão com uma visão prejudicada. Daí a importância de os pais levarem o bebê em seu primeiro ano de vida para uma consulta oftalmológica de rotina”, alerta Dra. Marcela.
O desenvolvimento visual ocorre na infância e os erros refrativos não corrigidos podem acarretar inúmeros problemas, desde dificuldade escolares até a ambliopia. “Depois da primeira consulta oftalmológica, o ideal é levar a criança anualmente para novas avaliações. Na fase escolar a atenção deve ser redobrada”, finaliza a oftalmopediatra.
Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.
O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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