Molusco contagioso nos olhos – Sinais e Sintomas

Molusco contagioso nos olhos – Sinais e Sintomas

Hoje vamos falar um pouco mais sobre o molusco contagioso nos olhos. Embora seja uma infecção que afeta a pele, a doença pode se espalhar para outras regiões, como a face e a região das pálpebras.

Para entender melhor os sinais e sintomas do molusco contagioso nos olhos, vamos entrevistar a oftalmopediatra, Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo.

Entenda melhor o que é o molusco contagioso

Primeiramente, é importante saber que o molusco contagioso é uma infecção viral, muito prevalente na infância, que atinge a pele. Os principais sinais são bolhas rosadas ou esbranquiçadas na pele. Já os sintomas são dor nas lesões, coceira e inflamação.

O vírus que causa o molusco contagioso é o Molluscipoxvirus, que pertence ao grupo dos Poxvirus. “Trata-se de um vírus extremamente contagioso, cuja transmissão acontece pelo contato direto com superfícies contaminadas, bem como pelo compartilhamento de objetos de uso pessoal”, explica a médica.

“Inicialmente, o vírus afeta a pele do corpo, mas pode facilmente se espalhar e chegar à face. Portanto, nesses casos, o molusco contagioso nos olhos é resultado de uma autoinoculação. Em outras palavras, o responsável por levar o vírus para outras regiões do corpo é o próprio paciente”, alerta Dra. Marcela.

Molusco contagioso nos olhos pode ameaçar a visão

O molusco contagioso nos olhos pode causar alguns problemas preocupantes. “Infelizmente, as crianças tendem a colocar as mãos na boca, nos olhos e na face de forma excessiva e, na maioria das vezes, de forma automática. Dessa forma, podem levar o vírus facilmente para essas áreas e infectar a região ocular”, reforça a oftalmologista.

Sendo assim, quando o molusco contagioso se desenvolve na pele das pálpebras, pode evoluir para complicações como a conjuntivite folicular crônica.

“O problema é que as lesões liberam toxinas que o vírus produz. Essas substâncias podem causar irritação na conjuntiva, tecido que recobre a parte da frente do globo ocular. Para além disso, podem surgir sintomas como coceira, vermelhidão e sensação de areia nos olhos Lamentavelmente, caso a infecção se agrave, podemos ter uma evolução para o tecido da córnea ou ainda uma infecção bacteriana secundária”, ressalta Dra. Marcela.

Como acontece a transmissão

Com a chegada das férias de verão, os pais precisam ficar ainda mais atentos. Isso porque o risco de contrair o vírus é maior em crianças que frequentam piscinas e chuveiros de clubes, academias e condomínios, por exemplo. Outro ponto de atenção é que esse vírus tem uma resistência muito grande e consegue sobreviver nas superfícies, como os pisos das piscinas, chuveiros e vestiários, por exemplo.

“Vale lembrar que o compartilhamento de toalhas, sabonetes e até mesmo brinquedos também é um meio de transmissão. Enfim, o calor e a umidade também são condições ideais para a sobrevivência e proliferação do Molluscipoxvirus”, conta Dra. Marcela.

Por fim, é importante entender que o molusco contagioso pode atingir pessoas de todas as idades. Entretanto, é mais prevalente em crianças ou pessoas imunodeprimidas, bem como àquelas com doenças de pele, como a dermatite atópica.

Diagnóstico e tratamento

Como o molusco contagioso é uma doença de pele, os pais devem procurar, em primeiro lugar, um dermatologista. O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames, ou seja, o exame da pele da criança já é suficiente para detectar a doença.

Apesar disso, o molusco contagioso nos olhos demanda uma consulta com um oftalmologista. Dessa forma, os pais devem ficar atentos ao surgimento dos sinais e sintomas na região ocular. Em geral, as lesões na pele se resolvem de espontânea, em torno de 6 a 12 meses.

“Por outro lado, o molusco contagioso nos olhos pode demandar tratamento ou até mesmo se remoção cirúrgica das lesões, especialmente as próximas dos”, finaliza Dra. Marcela.

Como prevenir o molusco contagioso

  • Use chinelos ao frequentar piscinas de uso comum (clubes, academias, condomínios etc.);
  • Ensine a criança a não compartilhar objetos de uso pessoal, sempre que possível;
  • Por ser uma doença muito contagiosa, o risco de transmissão entre os membros da família é grande, especialmente se há outras crianças na casa. Portanto, procure separar a roupa de banho e de cama, bem como outros objetos de uso pessoal;
  • Para evitar que a criança coce as lesões e espalhe a infecção para outras áreas do corpo, cubra as lesões com gases e curativos. Esse cuidado também previne a contaminação de outras pessoas;
  • Oriente a criança a lavar as mãos com frequência, além de investir no uso do álcool em gel;
  • Lembre-se que é possível evitar no molusco contagioso nos olhos com uma boa orientação. Quando possível, explique para a criança que ela precisa evitar tocar nos olhos durante o período da infecção.

Dra. Marcela Barreira é  oftalmopediatra, especialista em estrabismo e neuroftalmologista. 

 O consultório fica em São Paulo, capital.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

Matéria produzida pela jornalista Leda Maria Sangiorgio – MTB 30.714
É expressamente proibida a cópia parcial ou total do material, sob pena da Lei de Direitos Autorais, número 10.695. 

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