Miopia e astigmatismo: por que costumam aparecer juntos?

Miopia e astigmatismo: por que costumam aparecer juntos?

A miopia e o astigmatismo são chamados de erros refrativos. Em geral, quem desenvolve a miopia tem ou terá algum grau de astigmatismo.

Para entender melhor a relação da miopia com o astigmatismo, precisamos falar um pouco mais sobre esses dois erros refrativos.

Sobre a Miopia

A miopia é um dos erros refrativos mais prevalentes em todo o mundo. Quem é míope tem dificuldade de enxergar de longe e costuma enxergar bem de perto.

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, o processo visual depende de diversos fatores, entre eles da refração. “A refração é fenômeno que ocorre quando a luz entra no olho e atinge a retina. Existe uma trajetória a ser percorrida para que o feixe luminoso atinja o local exato da retina. Os erros refrativos ocorrem quando a luz que entra no olho segue trajetórias inesperadas. A partir disso esse feixe luminoso acaba atingindo locais da retina diferentes do esperado”.

O olho de uma pessoa com miopia costuma ser mais alongado. Devido a essa característica, a córnea e o cristalino ficam mais distantes da retina. A partir disso, a luz entra e atinge a parte da frente da retina, quando o esperado seria atingir a parte de trás.

“Como resultado desse desvio, a pessoa enxerga uma imagem distorcida e embaçada de longe, embora consiga enxergar bem de perto, desde que não haja outro erro refrativo presente”, explica Dra. Marcela.

Sobre o Astigmatismo

O astigmatismo é o erro refrativo mais prevalente na infância. Estima-se que no primeiro ano de vida, de 15 a 30% das crianças podem apresentar algum grau de astigmatismo.

“Em geral, pessoas com astigmatismo possuem formatos irregulares e imperfeições na córnea. A córnea costuma lembrar o formato de uma bola de futebol americano. Devido a isso, os raios de luz se espalham na retina ao invés de atingir apenas um ponto focal. Como resultado, a pessoa enxerga imagens embaçadas e distorcidas, tanto de perto quanto de longe”, aponta a especialista.

Vale reforçar que a principal diferença entre o astigmatismo e os demais erros refrativos é que enquanto a miopia e a hipermetropia só causam dificuldades para enxergar ou de perto ou de longe, no astigmatismo o embaçamento e distorção das imagens ocorrem em qualquer distância.

Miopia e Astigmatismo costumam aparecer juntos

Na maioria dos casos, a miopia e o astigmatismo podem coexistir. Ou seja, uma pessoa pode ter miopia e astigmatismo ao mesmo tempo. Quando isso ocorre é chamado de astigmatismo miópico.

“Como a miopia e o astigmatismo causam dificuldade para ver de longe, muitas pessoas podem nem imaginar que possuem os dois erros refrativos. Além disso, quando há um atraso muito grande no diagnóstico do astigmatismo, há um aumento no risco de desenvolver a miopia”.

Há alguns sinais que podem sugerir que a presença desses erros refrativos como:

  • Dificuldade para ver de perto e de longe
  • Dificuldade para ver de perto
  • Embaçamento visual a curta e longa distância
  • Dores de cabeça, principalmente ao final do dia ou após longas horas de leitura e trabalho em computadores
  • Cansaço ocular, dor nos olhos
  • Sensibilidade à luz

Procure o oftalmologista infantil

A maior parte dos casos de miopia e astigmatismo possui um componente genético importante. Isso quer dizer que pais com esses erros refrativos podem transmitir os genes responsáveis por essas condições para seus filhos.

Dessa maneira, a consulta com um oftalmopediatra nos primeiros meses de vida do bebê é fundamental para diagnosticar os erros refrativos. “Nem sempre será preciso usar óculos para corrigi-los. Por outro lado, o uso de óculos quando necessário pode prevenir outras complicações como o desenvolvimento da ambliopia, conhecida como olho preguiçoso”, ressalta Dra. Marcela.

Além da primeira consulta oftalmológica no primeiro ano de vida, os pais precisam levar a criança ao menos uma vez por ano ao oftalmopediatra para avaliar se houve aumento do grau ou desenvolvimento de outros erros refrativos, dando atenção especial às crianças na idade pré-escolar”, finaliza a médica.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.

 A médica atende em seu consultório em São Paulo, na região dos Jardins.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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