Você sabe quando se deve levar a criança ao oftalmopediatra para uma consulta de rotina? Com certeza, se você é pai ou mãe de primeira viagem, é possível que não tenha ideia da resposta.
Então, saiba que o ideal é levar o bebê nos primeiros meses de vida ao oftalmopediatra, também chamado de oftalmologista infantil.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, quando nenhum problema visual é detectado na primeira consulta, o acompanhamento de rotina pode ser anual. “Por outro lado, se o bebê apresentar condições como estrabismo, miopia e outros problemas de visão, o acompanhamento precisa ser feito com mais regularidade”.
Por que é preciso levar a criança ao oftalmopediatra?
A visão é um dos sentidos mais importantes do corpo humano, sendo essencial para o desenvolvimento infantil. Desta maneira, qualquer condição que prejudique o sistema visual pode impactar em problemas e atrasos no desenvolvimento da fala, motor, cognitivo etc.
“Para além disto, a visão se desenvolve fora do útero e se completa por volta dos 7 anos de idade. Portanto, os tratamentos e intervenções precisam ser feitos dentro desta janela de oportunidade para atingir melhores resultados”, explica Dra. Marcela.
Levar a criança ao oftalmopediatra na fase escolar também é crucial
Uma boa visão é essencial para o processo de aprendizagem. Muitas crianças possuem erros refrativos que só são descobertos, justamente, na fase pré-escolar ou escolar.
Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa realizada pela International Agency for Prevention of Blindness (IAPB) a baixa acuidade visual afeta por volta de 5,5% das crianças em idade escolar. Em 80% dos casos, basta o uso de óculos para corrigir o problema.
A visão passa a ser crucial para aprender a ler, escrever, desenhar, bem como para a prática de esportes e outras atividades físicas. “Quando surgem problemas no processo de aprendizagem, com baixo rendimento escolar, dificuldades para ler e escrever, entre outros, a escola costuma orientar os pais sobre a necessidade de levar a criança a um oftalmopediatra”, relata a especialista.
Assim, na fase escolar, a recomendação é levar a criança ao oftalmopediatra todos os anos, antes do início das aulas.
Existem sinais de problemas na visão na infância?
Os pais devem ficar atentos a alguns comportamentos, sinais e sintomas que podem indicar problemas na visão como:
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Sensibilidade à luz
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Lacrimejamento constante
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Ficar muito próximo à TV
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Entortar o olho para dentro quando precisa usar a visão de perto
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Apertar os olhos para conseguir enxergar de longe
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Dor de cabeça
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Vermelhidão ocular
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Dificuldades oculares e problemas de aprendizagem
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Quedas constantes
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Dificuldades na coordenação motora
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Desinteresse por atividades de leitura e escrita
Como funciona o exame de vista em bebês
“A consulta oftalmológica em bebês e crianças que ainda não falam é feita de maneira diferenciada. Nas crianças abaixo dos 3 anos, o teste de acuidade visual é feito por meio de objetos. Esse teste ajuda o médico a avaliar a capacidade de fixação da criança, bem como se a criança consegue seguir o objeto com os dois olhos”, conta Dra. Marcela.
“Quando a criança já sabe falar, é possível usar tabelas especiais com desenhos e bichinhos. Por último, é possível ainda usar a letra E, da tabela de Snellen, orientando a criança a apontar a direção da ponta da letra”, adiciona a médica.
Veja quais os exames e testes feitos ao levar a criança ao oftalmopediatra
Motilidade ocular
O exame de motilidade ocular é muito importante para diagnosticar o estrabismo. É um exame simples, feito com a oclusão ocular e com um objeto, normalmente luminoso.
Teste de Refração
O exame que detecta a presença de miopia, astigmatismo ou hipermetropia em bebês e em crianças se chama esquiascopia. O aparelho usado se chama esquiascópio e lembra uma régua, com diversas lentes. Esse exame pode ser feito com ou sem dilatação das pupilas. Entretanto, a dilatação é importante para determinar, com mais precisão, os erros refrativos.
Exame de fundo de olho
Também chamado de fundoscopia ou ainda de oftalmoscopia, é um exame muito importante e pode detectar diversas doenças visuais que afetam a retina e o nervo óptico.
Avaliação das pálpebras e anexos oculares
O oftalmopediatra também avalia as pálpebras e os anexos oculares. Para isso, usa um aparelho chamado de lâmpada de fenda.
“Felizmente, hoje temos muitos recursos para examinar e tratar problemas de visão na infância. O mais importante é conscientizar os pais sobre a necessidade levar a criança ao oftalmopediatra, pelo menos uma vez por ano, para facilitar o diagnóstico e o tratamento, bem como para prevenir doenças oculares”, encerra Dra. Marcela.
Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.
O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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