Lesões oculares são importante causa de baixa visão e cegueira na infância

Lesões oculares são importante causa de baixa visão e cegueira na infância

Estima-se que cerca de 50 mil pessoas perdem a visão todos os anos devidos a traumas oculares, sendo que 30% delas têm menos de 18 anos de idade

A maioria das lesões oculares na infância ocorre durante atividades recreativas e esportivas. Entre as lesões mais comuns estão arranhões na córnea, lesões contusas no globo ocular (socos, boladas, pontapés), lesões químicas e lesões perfuro cortantes (acidentes com tesouras, lápis e outros objetos pontiagudos).

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, qualquer lesão nos olhos das crianças e bebês precisa ser avaliada por um oftalmologista. “Nem sempre um médico generalista consegue examinar com mais precisão todas as estruturas oculares. Por isso, o ideal é que os pais procurem serviços de urgência especializados em oftalmologia”, ressalta.

Boladas e socos nos olhos ameaçam a visão

As lesões de alta velocidade são muito perigosas para a visão. Esses traumas são aqueles que ocorrem, geralmente, durante um jogo com bola. Quanto menor a bola, maior o risco. Nesse grupo também entram socos e pontapés.

“As lesões que atingem o olho em alta velocidade podem causar danos estruturais importantes no globo ocular. Uma das consequências é o aumento da pressão intraocular e consequente desenvolvimento de um glaucoma por trauma. Também pode ocorrer descolamento de retina, hemorragia vítrea e até fratura do osso orbitário”, comenta Dra. Marcela.

Fora de alcance

Os acidentes oculares que envolvem produtos químicos também são comuns. Mas no geral são menos graves do que lesões contusas.

“De qualquer maneira, os pais e responsáveis precisam sempre manter produtos químicos longe do alcance das crianças. Nessa lista entram detergentes, produtos de limpeza, perfumes, cremes, desodorantes e até mesmo o álcool em gel”, reforça Dra. Marcela.

Longe das pontas

As lesões perfurocortantes também são comuns. “As crianças são curiosas por natureza, principalmente quando começam a andar e a explorar os ambientes. Portanto, nessa fase e ao longo da infância é preciso tomar muito cuidado com objetos pontiagudos, brinquedos, lápis, tesouras etc. Portanto, a regra é sempre supervisionar a criança e manter objetos com pontas bem guardados e fora do alcance dos pequenos.

Plantas e animais

As plantas também podem ser perigosas para as crianças. “Existem algumas plantas que têm pontas. Outras soltam substâncias que podem causar lesões químicas. Devemos ainda lembrar dos animais que podem causar arranhaduras na córnea, como cães, gatos e pássaros”, adiciona Dra. Marcela

Trauma ocular é emergência médica

As lesões oculares devem ser tratadas como uma emergência médica. “A recomendação é procurar um oftalmologista ou serviço de pronto atendimento oftalmológico sempre que houver lesões nos olhos. Os pais não devem aplicar nenhum tipo de medicamento, colírio, pomada ou fazer curativos. Quando a lesão for química, a recomendação é lavar os olhos com água durante uns 15 minutos e ir para serviço médico”, alerta Dra. Marcela.

O atendimento precoce em lesões mais graves é muito importante para prevenir perda visual ou consequências.

 

Veja agora algumas dicas para prevenir acidentes oculares na infância

  • Oriente a criança a não colocar o rosto muito perto dos animais na hora de brincar

  • Não permita que a criança tenha brinquedos como estilingues, armas que soltam jato de água, espadas etc.

  • Mantenha produtos químicos fora do alcance das crianças, bem como medicamentos em forma de pomadas ou colírios

  • Opte por plantas sem espinhos, pontas e que não sejam tóxicas

  • Preste atenção nos móveis com quinas, objetos de decoração pontiagudos etc.

  • O uso de óculos de proteção em jogos com bola é uma forma de reduzir o risco de acidentes oculares

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.

 A médica atende em seu consultório em São Paulo, na região dos Jardins, bem como realiza alguns atendimentos nas cidades do Rio de Janeiro e Sorocaba.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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