Dilatar a pupila é uma prática comum para fazer exames de vista.
Provavelmente, em algum momento da sua vida, você precisou dilatar as suas pupilas para realizar um exame oftalmológico.
Mas você sabe por que isso é necessário?
Antes de falarmos sobre o objetivo de dilatar a pupila durante exames oculares, vamos entender o que é a pupila e quais as suas funções no sistema visual.
Pupila: o que é e para que serve
A capacidade de enxergar depende de todas as estruturas do olho. A luz entra no olho por meio da córnea. Depois, ela atravessa a pupila que é a parte preta ao redor da íris, a parte colorida dos olhos.
A íris, além de dar cor aos olhos, é responsável por controlar a quantidade de luz que entra no olho. Sabe como ela faz isso? Por meio da dilatação e da contração da pupila.
Quando o ambiente está escuro a pupila se dilata e quando o ambiente está muito claro a pupila se contraí. Dessa maneira, podemos comparar a pupila à abertura de uma lente de uma câmera fotográfica.
A dilatação da pupila se chama midríase. Há várias situações que levam à dilatação da pupila sem que isso seja um problema de saúde.
Por outro lado, a dilatação repentina da pupila pode ser um sinal de alguma outra doença, como um derrame cerebral. Mas vamos falar disso mais adiante.
Por que o oftalmologista dilata a pupila na consulta?
Quase todas as pessoas que passam por um oftalmologista ao longo da vida precisam dilatar a pupila para realizar alguns exames oculares.
A dilatação das pupilas é feita por meio do uso de colírios específicos para esse fim. O oftalmologista usa esse recurso para visualizar com mais facilidade as estruturas internas do globo ocular, principalmente o fundo do olho (retina) e o nervo óptico.
O estado normal da pupila se chama miose. Nesse estado, ou seja, sem dilatar a pupila, o oftalmologista não consegue avaliar a retina, o nervo óptico e outras estruturas da parte de trás dos olhos com tanta clareza.
Em uma explicação mais simples, podemos dizer que sem dilatar as pupilas, o exame seria como olhar no buraco de uma fechadura.
Outra função da dilatação das pupilas é conseguir avaliar de forma mais precisa os erros de refração, especialmente nas crianças e bebês.
Quais os efeitos da dilatação da pupila por meio de colírios?
A dilatação da pupila para a realização dos exames oftalmológicos pode ser desconfortável para alguns pacientes.
Após os exames, é comum apresentar dificuldades para enxergar por algumas horas. Mas, em cerca de 3 a 4 horas após o procedimento, a visão volta ao normal.
Dilatação da pupila patológica
Como vimos, é muito comum dilatar as pupilas para realizar exames oftalmológicos. Contudo, a midríase espontânea pode indicar a presença de alguma patologia. Ou seja, a dilatação da pupila pode ser uma manifestação de alguma doença sistêmica ou até mesmo ocular.
Entre essas doenças podemos citar
- Acidente Vascular Cerebral (AVC)
- Aneurismas cerebrais
- Tumores cerebrais
- Doenças respiratórias ou outras condições que causam baixa oxigenação
- Glaucoma
Uso de medicamentos
O uso de certos medicamentos também pode causar a dilatação das pupilas.
- Anticonvulsivantes
- Antialérgicos
- Antidepressivos
- Drogas estimulantes
Você sabia?
A pupila pode se dilatar quando sentimos dores ou passamos por alguma emoção muito forte. Os sentimentos intensos, sejam bons ou ruins, desencadeiam respostas involuntárias do sistema nervoso central que podem alterar o tamanho da pupila.
Quando devo me preocupar?
A dilatação da pupila, dependendo da situação, requer certos cuidados. Quando surge de forma repentina e persiste, ou seja, não volta ao normal, é sinal de que existe algo errado que precisa ser avaliado por um oftalmologista e/ou por um clínico geral, dependendo dos outros sintomas.
A Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.
A médica atende em seu consultório em São Paulo, na região dos Jardins, bem como realiza alguns atendimentos nas cidades do Rio de Janeiro e Sorocaba.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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