A dilatação das pupilas em bebês e crianças é um procedimento comum durante os exames oftalmológicos de rotina. Mas, muitos pais têm dúvidas e podem ficar receosos sobre possíveis reações e consequências de dilatar as pupilas.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, a dilatação das pupilas é um procedimento simples e seguro. “Além disto, em bebês e crianças é ainda mais importante, já que os pequenos não conseguem verbalizar ou fornecer uma resposta mais apurada sobre a visão”, explica.
Desvendando os segredos das pupilas
A pupila é um orifício situado no centro da íris, a parte colorida dos olhos. A pupila é responsável pela passagem da luz do meio externo até a retina. Embora sua aparência seja da cor preta, a pupila não tem cor, já que é um orifício. Na verdade, a aparência preta ocorre porque dentro dos olhos não há luz.
A íris, por sua vez, possui músculos que se contraem ou relaxam. Estes movimentos aumentam ou diminuem o tamanho das pupilas, dependendo da iluminação do ambiente. Em ambientes escuros, as pupilas se dilatam e nos ambientes claros elas se contraem. Portanto, é este mecanismo que regula a intensidade da luz que entra nos olhos.
Dilatação das pupilas em crianças durantes exames oculares
“Ao dilatar as pupilas, temos uma visão mais ampla de toda a parte posterior do olho. Para se ter uma ideia, é possível visualizar 15% a mais da parte interna e posterior do olho com as pupilas dilatadas. Uma das principais vantagens em bebês e crianças é a medição mais apurada dos erros refrativos”, ressalta Dra. Marcela.
Para além disto, a dilatação das pupilas também é útil para avaliar a saúde da retina e nervo óptico. “No exame podemos detectar, por exemplo, descolamento de retina, tumores oculares, glaucoma e outros problemas”, adiciona a oftalmologista.
Como os colírios são administrados?
“Alguns colírios podem causar ardência. Por este motivo, antes de pingar os colírios que dilatam as pupilas, a criança recebe algumas gotas de um colírio anestésico. Em seguida, instilamos os colírios dilatadores. Em seguida, é preciso aguardar cerca de 20 a 25 minutos para realizar o exame, tempo necessário para que as pupilas se dilatem”, explica Dra. Marcela.
Depois do término do exame, as pupilar permanecem dilatadas por várias horas. Em alguns casos, o efeito pode durar até o dia seguinte. No geral, o efeito dura de 4 a 24 horas.
O que acontece depois do exame?
Felizmente, os efeitos da dilatação da pupila são temporários e a maioria das crianças responde bem aos pequenos desconfortos que podem surgir. Enquanto as pupilas estão dilatadas, a criança pode experimentar:
- Dificuldade de leitura
- Dificuldade em focar em dispositivos com telas ou outros objetos próximos
- Maior sensibilidade à luz
- Visão turva
A importância do exame oftalmológico na infância
“O desenvolvimento da visão ocorre na infância. Portanto, é imprescindível que os pais levem o bebê em seu primeiro ano de vida para uma consulta de rotina com o oftalmopediatra. Muitos problemas oculares se manifestam durante os primeiros anos da infância. Quando detectados e tratados precocemente podem garantir um bom desenvolvimento visual”, finaliza Dra. Marcela.
Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.
O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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