O que é o desvio do olho para fora? É um tipo de estrabismo?

O que é o desvio do olho para fora? É um tipo de estrabismo?

O desvio do olho para fora é um tipo de estrabismo, chamado de estrabismo divergente. Em geral, o desvio do olho em direção às orelhas é intermitente, ou seja, ocorre de vez em quando.

Por isso, alguns pais podem não perceber esse desalinhamento e demorar para procurar um oftalmopediatra.

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em Estrabismo, o desvio do olho para fora costuma ser mais evidente em momentos de cansaço, estresse ou distração. Embora possa aparecer nos primeiros anos de vida, é mais comum depois dos 12 meses.

Estrabismo e o mito da estética

Um dos principais entraves para o diagnóstico e tratamento precoce do estrabismo é o fato de que muitas pessoas consideram o desvio do olho uma questão meramente estética. “Qualquer tipo de estrabismo, incluindo aquele que causa o desvio do olho para fora, é uma condição que pode levar a problemas na visão binocular e ao desenvolvimento da ambliopia”, comenta Dra. Marcela.

Portanto, quando os pais perceberem que a criança desvia o olho para fora ou em qualquer outra direção, é preciso procurar o quanto antes um especialista.

Desvio para fora é corrigido por meio de cirurgia

“O estrabismo ocorre quando há alterações nos músculos que comandam os movimentos oculares. Esses músculos podem ser comparados às rédeas de um cavalo. Eles precisam trabalhar juntos para que os movimentos dos olhos entrem em sincronia. Em outras palavras, todos os movimentos do globo ocular dependem do equilíbrio desses músculos”, explica Dra. Marcela.

“Dependendo do tipo de alteração, os olhos podem se desviar em diversas direções. A cirurgia de correção do estrabismo é feita para ajustar os músculos responsáveis pelos movimentos oculares anormais e restabelecer o alinhamento do eixo visual”, comenta a oftalmopediatra.

Quando operar o desvio do olho para fora?

A cirurgia de correção do estrabismo precisa ser feita antes dos 7 anos de idade. Porém, há estrabismos que precisam ser operados de forma mais precoce, como o estrabismo convergente congênito.

No caso do estrabismo divergente intermitente (desvio do olho para fora), é possível esperar até por volta dos 3 a 4 anos.

“Porém, até o momento da cirurgia, a criança deve ser avaliada pelo oftalmopediatra de forma periódica, principalmente para prevenir o desenvolvimento do olho preguiçoso e para diagnosticar outros problemas oculares comuns na infância, como a miopia, por exemplo”, reforça Dra. Marcela.

Tampão não trata estrabismo

Outro mito em relação ao desvio do olho para fora ou em outras direções é o tratamento com tampão. Não existe tratamento clínico para o estrabismo! O tampão, ou terapia de oclusão ocular, é usado para tratar a ambliopia e não o desalinhamento do eixo visual.

“O único tratamento não cirúrgico para o estrabismo é no caso do desvio do olho para dentro causado pela hipermetropia, chamada de estrabismo acomodativo. Nesses casos, o uso do óculos de grau resolve o desvio”, aponta Dra. Marcela.

“O ideal é que os pais levem o bebê em seu primeiro ano de vida a um oftalmopediatra. Nessa consulta, é possível diagnosticar não só o estrabismo, como erros refrativos e outras patologias oculares que surgem na infância”, finaliza.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.

 A médica atende em seu consultório em São Paulo, na região dos Jardins.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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