Desvio do olho em bebês é normal?

Desvio do olho em bebês é normal?

O desvio do olho em bebês é normal? Esta é uma dúvida muito comum dos papais e mamães de primeira viagem. A resposta não é tão simples.

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, os bebês recém-nascidos ainda não têm o sistema visual completo. O desenvolvimento da visão ocorre fora do útero e se completa até por volta dos 7 anos de idade. “Portanto, a infância é um período crítico para o sistema visual. Em relação ao desvio do olho em bebês, é importante dizer que só é considerado normal até os 4 meses”.

Desvio do olho em bebês: qual a explicação? 

Durante os primeiros meses de vida, o bebê começa a aprender a focar as imagens com os dois olhos. Desta maneira, neste período é comum ocorrer o desalinhamento do eixo visual. Este desvio não é constante, ou seja, só acontece quando há necessidade de foco para conseguir enxergar.

“Por volta dos 4 meses, inicia-se o desenvolvimento da visão de profundidade (visão binocular), que é útil para ajudar o bebê a perceber se os objetos ou as pessoas estão perto ou longe. Logo, a partir desta idade o desvio ocular não é mais considerado normal e deve ser investigado”, alerta Dra. Marcela.

Desvio do olho em bebês pode ser congênito?

 “O desvio intermitente do olho até os 4 meses é comum e considerado como parte do desenvolvimento visual do bebê. Mas quando o desvio é permanente e está presente ao nascimento é chamado de estrabismo congênito. Nestes casos o desvio não é normal e precisa ser tratado adequadamente por um oftalmopediatra, desde os primeiros meses de vida”, aponta a especialista.

Pseudoestrabismo pode ser confundido com estrabismo

Existe uma condição chamada de epicanto que pode ser confundida com o estrabismo. O pseudoestrabismo está associado à aparência facial da criança. O epicanto ocorre quando a pele da pálpebra superior se estende do nariz até a parte interna da sobrancelha.

“A pele cobre o ângulo interno do olho dando a impressão de que há um desvio do eixo visual. O epicanto é muito comum em crianças de descendência asiática (japoneses, chineses de coreanos) e em crianças com síndrome de Down. Em geral, o pseudoestrabismo tende a melhorar ao longo do crescimento”, diz Dra. Marcela.

Quando se preocupar com o desvio no olho em bebês?

O estrabismo se desenvolve na infância e pode afetar de 2 a 5% das crianças. O diagnóstico e o tratamento precisam ser feitos antes dos 7 anos de idade para prevenir a ambliopia, mais conhecida pelo termo olho preguiçoso.

Em síntese, o desvio ocular pode ser considerado normal até por volta dos 4 meses, desde que aconteça em situações em que o bebê tenta focalizar as imagens. Quando o desvio está presente o tempo todo, desde o nascimento, é considerado um estrabismo congênito. Vale lembrar que o estrabismo pode aparecer mais tarde, ao longo da infância.

“O mais importante é os pais levarem o bebê para uma consulta oftalmológica de rotina no primeiro mês de vida ou ao longo dos primeiros meses. Caso notem um desvio ocular persistente, a avaliação é ainda mais importante”, conclui Dra. Marcela.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo. 

 O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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