A correção do estrabismo divergente intermitente é feita por meio de uma cirurgia em que o oftalmologista restabelece o equilíbrio do grupo muscular responsável pelo desalinhamento do eixo visual.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em Estrabismo, o estrabismo divergente intermitente é aquele em que o olho se desvia para fora, em direção às orelhas. “Esta forma de estrabismo é o mais comum, porém como o desvio não é tão evidente. Por isto, pode passar despercebido pelos pais e até mesmo pelo pediatra. Normalmente, a criança desvia o olho quando está mais cansada, com alguma doença ou distraída”.
O que causa o estrabismo?
O estrabismo divergente costuma se desenvolver após o primeiro ano de vida ou um pouco antes. As causas exatas do estrabismo ainda não estão totalmente elucidadas. Contudo, a genética aponta que há fatores hereditários envolvidos no estrabismo, sendo que algumas pesquisas apontam que 30% das crianças com estrabismo têm, pelo menos, um parente próximo com a condição.
“Entre os fatores ambientais temos evidências que o estrabismo pode estar associado à idade mais avançada da mãe, tabagismo durante a gravidez e baixo peso ao nascer (menos de 1,5kg). Os bebês prematuros, por exemplo, têm um risco maior de desenvolver o estrabismo, bem como crianças com alguma síndrome genética, a exemplo da trissomia do cromossomo 21”, explica Dra. Marcela.
Correção do estrabismo divergente intermitente pode ser feita um pouco mais tarde
A cirurgia de correção do estrabismo é hoje o principal tratamento para todos os tipos de desvio ocular. A exceção é o estrabismo acomodativo, causado pela hipermetropia. Nestes casos, o tratamento é feito com o uso de óculos.
A correção do estrabismo divergente intermitente é feita por meio da cirurgia. Uma das principais diferenças entre esta forma de desvio e o desvio convergente (para dentro) é que é possível esperar um pouco mais para fazer a cirurgia.
“Normalmente, a criança com o estrabismo divergente intermitente consegue compensar bem o desvio. Por isto é chamado de intermitente, ou seja, ora o olho está alinhado, ora desalinhado. Desta forma, podemos optar por operar a criança um pouco mais tarde, até por volta dos 4 anos. Mas vale reforçar que a cirurgia precisa ser feita antes dos 7 anos de idade, para evitar prejuízos no desenvolvimento visual”, ressalta Dra. Marcela.
Estrabismo não é questão estética
O tratamento do estrabismo não é uma questão estética, já que o desvio pode causar prejuízos permanentes à visão. Para além disto, estudos apontam que crianças a partir dos 5 anos experimentam efeitos negativos como dificuldades escolares, problemas emocionas e dificuldades nos relacionamentos interpessoais.
Como é realizada a cirurgia de correção do estrabismo divergente intermitente
A cirurgia de estrabismo para corrigir o desvio divergente intermitente é feita em centro cirúrgico, mas a criança vai para casa no mesmo dia. A anestesia usada é a geral para maior conforto e segurança do paciente.
“O pós-cirúrgico costuma ser tranquilo e a criança pode retomar suas atividades após a primeira semana do repouso. O olho se recupera totalmente após 30 dias, sendo que o alinhamento do eixo ocular já é visível nos primeiros dias após a cirurgia”, finaliza Dra. Marcela.
Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.
O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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