Coceira, vermelhidão, irritação e lacrimejamento. Esses são os principais sintomas da conjuntivite alérgica sazonal. Os dados epidemiológicos variam de país para país. Um estudo mostra que, em média, a alergia ocular afeta 30% da população infantil.
A conjuntivite alérgica sazonal é, de longe, a mais comum. A maior parte dos casos é mediada por IgE. Isso significa que a alergia se desencadeia imediatamente após o contato com o alérgeno. Esse tipo de conjuntivite é diferente daquelas causadas por vírus ou bactérias.
Eles estão em toda parte
Entre os alérgenos que podem desencadear uma conjuntivite alérgica estão:
- Ácaros
- Pólen
- Pelos de animais
- Mofo
- Produtos de higiene pessoal
- Produtos de limpeza
- Poluição
Embora a alergia ocular seja mais comum no outono e na primavera, ela pode acontecer em qualquer época do ano.
A maior prevalência nessas estações está ligada ao ar mais seco. O ar seco e a falta de chuva são fatores que mantêm os alérgenos pairando no ar, bem como presos às superfícies.
No outono, especialmente, é comum tirar roupas, mantas e cobertores para os dias mais frios dos armários. E sabe-se que é usual um acúmulo de ácaros em roupas guardadas por muitos meses.
Diferenciais
A conjuntivite alérgica tem características que a diferencia das infecciosas. A coceira é o traço mais marcante desse tipo de conjuntivite.
Não é contagiosa e pode se estender por até seis semanas, caso não seja tratada. A secreção costuma ser mais esbranquiçada, enquanto as conjuntivites infecciosas costumam deixar uma secreção amarelada, típica da infecção.
Tratamento específico
O tratamento da conjuntivite alérgica é diferente dos casos infecciosos, já que muitas vezes é preciso cuidar do quadro alérgico de forma global.
O manejo da conjuntivite alérgica é mais demorado. Isso porque há picos de exacerbação e picos de melhora, como qualquer tipo de alergia. Geralmente, são utilizados dois medicamentos para tratar os casos alérgicos: um antialérgico e algum tipo de corticoide em forma de colírio.
Há casos de conjuntivite alérgica severa em crianças, que necessitam de um tratamento prolongado, mas são menos prevalentes.
Quando a criança tem conjuntivite alérgica crônica é preciso acompanhar regularmente com um oftalmopediatra, além de controlar os fatores que podem desencadear a alergia. Se os pais já têm conhecimento do que aumenta a alergia, o ideal é evitar que a criança entre em contato com estes alérgenos.
Vale lembrar que nenhum medicamento deve ser usado nos olhos sem a devida prescrição médica, especialmente quando falamos de colírios com corticoide ou qualquer outro colírio.
Dicas
- Compressas de soro fisiológico frio nas pálpebras podem ajudar na eliminação da secreção acumulada e pode aliviar a coceira
- Evitar ao máximo deixar a criança coçar os olhos, pois esse hábito pode desencadear problemas na córnea, como ulceração corneana
- Manter a casa limpa
- Retirar tapetes, cortinas e qualquer outro adorno que possa acumular pó
- Se possível, usar um umidificador de ar nos ambientes em que mais a criança fica
- Seguir corretamente a prescrição médica quanto à dose e o tempo de uso dos colírios
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