Celulite orbitária é uma infecção potencialmente perigosa que atinge os tecidos moles da órbita posterior ao septo orbital. A órbita é uma cavidade na parte da frente do crânio em que se encontram o globo ocular, músculos, vasos sanguíneos, nervo óptico, glândulas lacrimais, gordura e tecido conjuntivo.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, existe uma elevação na incidência de celulite orbitária no inverno nacional, devido ao aumento dos casos de sinusite nesta época do ano. “Como as infecções respiratórias são mais frequentes nas crianças, principalmente naquelas que frequentam escolas e creches, os pais precisam ficar atentos aos sintomas e procurar um médico”.
Mas vale lembrar que a celulite ocular pode ter outras causas como infecções dentárias, resultado de cirurgias nos olhos, infecção por fungos, entre outras.
Celulite orbitária: Sinais e Sintomas
O sintoma que mais chama atenção é o inchaço intenso na região ao redor do globo ocular, a ponto do fechamento quase completo das pálpebras. “Outros sintomas típicos são vermelhidão, calor local e a criança também pode ter febre. O movimento ocular dói bastante, pode ocorrer inchaço da conjuntiva, dor de cabeça, secreção purulenta nasal e mal-estar geral”, aponta Dra. Marcela.
Emergência médica
A celulite orbitária é uma doença grave. Estima-se que 11% dos casos podem evoluir para a perda da visão. Ao notar a presença de alguns dos sinais e sintomas, principalmente inchaço intenso e vermelhidão, os pais precisam levar a criança ao pronto-socorro.
Hoje, o que mais preocupa os médicos é o risco de a celulite evoluir para um quadro de meningite. “Isto porque os olhos, os seios da face (os espaços que ficam no interior da face e do crânio), a mucosa nasal e o cérebro estão localizados muito próximos uns dos outros. Esta característica anatômica aumenta o risco da infecção se espalhar. Na maioria dos casos, a criança é internada para administração endovenosa de antibiótico”, alerta Dra. Marcela.
Como prevenir a celulite orbitária
A prevenção da celulite orbitária depende bastante do tratamento da condição de base, ou seja, da doença que levou ao seu desenvolvimento.
“A sinusite infecciosa, por exemplo, deve ser tratada com antibióticos e isto já reduz o risco de complicações, como a celulite ocular. No mais, os pais devem ficar atentos a presença de sinais e sintomas e levar a criança ao oftalmopediatra ou ao pronto socorro para descartar ou confirmar o diagnóstico”, finaliza Dra. Marcela.
Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo.
O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768
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