Cegueira na Infância – Abril Marrom reforça a prevenção

Cegueira na Infância – Abril Marrom reforça a prevenção

A cegueira na infância, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge cerca de 1,4 milhão de crianças em todo o mundo. A prevenção da perda visual é uma das principais prioridades da entidade

Estamos no Abril Marrom, movimento criado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em 2016. O mês de Abril foi escolhido devido ao Dia Nacional do Sistema Braille, celebrado no dia 8. A cor marrom foi eleita devido a cor da íris da maioria da população brasileira.

A campanha é de extrema importância, pois a maioria das causas de cegueira na infância são evitáveis ou ainda tratáveis.

As causas de cegueira infantil são diferentes daquelas que ocorrem na vida adulta. Um dos principais aspectos é que o desenvolvimento do sistema visual acontece fora do útero, desde o nascimento até por volta dos 7 anos. Portanto, o diagnóstico e o tratamento precoce das doenças oculares são cruciais para prevenir a perda da visão.

Cegueira na infância pode ser tratada ou evitada

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra e especialista em estrabismo, em geral cerca de metade dos casos de cegueira infantil é tratável ou evitável.

“Uma das principais causas de cegueira prevenível é a retinopatia da prematuridade. Neste grupo temos problemas na córnea, doenças infecciosas (toxoplasmose, rubéola, sarampo) e deficiência de vitamina A. Entre as causas tratáveis estão a catarata e o glaucoma congênitos e alguns casos mais sérios de retinopatia em prematuros”.

Contudo, é importante ressaltar que as causas de cegueira na infância dependem de vários fatores como região, nível de desenvolvimento socioeconômico, bem como o acesso a cuidados médicos. .

Aliás, a falta de acesso às consultas com um oftalmologista, por exemplo, explica porque 43% dos casos de cegueira ou baixa visão na infância estão associados a erros refrativos não corrigidos no Brasil.

Cegueira pode ser reversível ou definitiva

“A cegueira pode ser reversível ou irreversível. Uma criança com alto grau de miopia não corrigido, por exemplo, é considerada legalmente cega. Porém, é uma cegueira reversível com o uso de óculos de grau. A perda da visão também pode ser revertida em alguns casos de catarata congênita e problemas na córnea”, comenta Dra. Marcela.

Cegueira na infãncia tem prevalência menor, mas com pior prognóstico

Embora a prevalência de cegueira infantil seja muito menor do que na vida adulta e represente cerca de 4% do total de casos de deficiência visual em todo o mundo, o impacto de perder a visão na infância é enorme. “A cegueira em crianças causa inúmeros prejuízos e sofrimento, ao longo de muitos anos. Desta forma, torna-se crucial aumentar a conscientização dos pais a respeito dos cuidados preventivos desde antes da gravidez”, aponta a especialista.

Visão na infância: como funcionam os cuidados preventivos?

Os cuidados preventivos em relação à visão devem começar desde o pré-natal. “Em geral, são solicitados exames para avaliar se a gestante tem alguma doença como rubéola, toxoplasmose e bactérias que podem causar problemas na visão durante o parto. A possibilidade de o bebê nascer antes do tempo também acende um alerta para os médicos a respeito do aumento do risco do desenvolvimento da retinopatia da prematuridade”, ressalta Dra. Marcela.

Felizmente, a maioria das maternidades no Brasil, públicas e privadas, realiza o teste do reflexo vermelho, mais conhecido como teste do olhinho. Este exame é feito ainda no hospital e pode diagnosticar doenças como catarata congênita, retinoblastoma e retinopatia da prematuridade.

Leve seu bebê ao Oftalmopediatra

“Contudo, a recomendação é levar o bebê em seu primeiro ano de vida para uma consulta completa com um oftalmopediatra. Isto porque o teste do olhinho não é suficiente para detectar outros problemas que podem afetar a visão infância, como estrabismo e os erros refrativos”, adiciona Dra. Marcela.

“Por último, além da consulta de rotina nos primeiros meses de vida, os pais sempre devem levar a criança ao oftalmologista na presença de sintomas oculares, traumas na região da face e na fase em que a criança vai para a escola”, finaliza a especialista.

Dra. Marcela Barreira é neuroftalmologista, é oftalmopediatra e especialista em estrabismo. 

 O consultório fica em São Paulo, na região dos Jardins.

Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768

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