Causas da visão dupla – tudo que você precisa saber

Causas da visão dupla – tudo que você precisa saber

As causas da visão dupla, cujo nome médico é diplopia, podem ter associação com diversas doenças e condições. Sendo assim, determinar as causas da visão dupla pode ser uma tarefa complexa, que exige a experiência de um médico, como um neuroftalmologista, bem como de um neurologista.

Para entender melhor o que é a visão dupla e quais são as causas da visão dupla, hoje vamos entrevistar a neuroftalmologista, Dra. Marcela Barreira, que também é oftalmopediatra e especialista em estrabismo. A médica também é Chefe do Serviço de Neuroftalmologia, do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS).

Visão dupla é um sintoma e não uma doença

Primeiramente, é importante esclarecer que a diplopia não é uma doença, mas sim o sintoma de alguma outra condição ou patologia. A principal característica da visão dupla é enxergar duas imagens em vez de uma única.

“Além disso, a visão dupla só ocorre em adultos, embora possa ocorrer em adolescentes ou crianças maiores. A razão é que é que a visão se desenvolve na infância, até por volta dos 8 ou 9 anos. Durante esse período, o cérebro consegue suprimir a imagem dupla, já que a visão binocular não está totalmente desenvolvida”, explica Dra. Marcela.

Por outro lado, nos adultos o cérebro não tem essa habilidade de supressão da imagem duplicada. Dessa forma, o paciente vai apresentar a diplopia.

Quais são as causas da diplopia?

De acordo com Dra. Marcela, as causas da visão dupla são aneurismas, tumores no cérebro, traumatismos cranianos, acidente vascular cerebral, doenças da tireoide, estrabismos descompensados, paralisia de nervos cranianos, doenças na córnea, catarata, erros refrativos não corrigidos, ceratocone, pterígio, Miastenia gravis e inflamação no nervo óptico.

“Para além das causas, podemos ter duas apresentações da visão dupla: a monocular e a binocular. A diplopia monocular atinge um dos olhos e acontece quando há uma distorção da transmissão da luz até a retina, gerando duas imagens. Normalmente, uma das imagens é normal e a outra de qualidade inferior”, comenta a especialista.

“Já na visão dupla binocular a causa é o desalinhamento do eixo ocular. Geralmente, as duas imagens são nítidas e de boa qualidade. Entretanto, o cérebro não consegue juntá-las em uma única imagem. Nesses casos, o paciente entorta a cabeça para tentar compensar o desvio e enxergar, o que chamamos de posições de bloqueio”, aponta Dra. Marcela.

Sinais e Sintomas

Adicionalmente, é crucial dizer que existem outros sintomas que podem aparecer quando o paciente apresenta a diplopia. O paciente pode apresentar visão turva, dor de cabeça, dor no olho, sensibilidade à luz, ardência nos olhos, olhos saltados e fraqueza muscular.

“Acima de tudo, é muito importante esclarecer ao público em geral que a visão dupla, especialmente de forma repentina, pode ser um indício de condições graves, com um aneurisma ou um AVC. Portanto, na presença da diplopia é mandatório procurar um serviço de pronto-atendimento”, alerta Dra. Marcela.

Tratamento depende das causas da visão dupla

“Normalmente, as causas da visão dupla determinam o tipo de tratamento. De maneira geral, quando tratamento a doença de base, a diplopia costuma desaparecer. Quando a causa é um estrabismo descompensado, a resolução se dá por meio da cirurgia em que corrigimos o desalinhamento do eixo visual”, conta Dra. Marcela.

“Em contrapartida, há casos em que a cirurgia não irá resolver a visão dupla. Portanto, é preciso esperar que a doença que causou a diplopia melhore, para observar como será a evolução do paciente. De qualquer maneira, as causas da visão dupla são diversas e, com isso, cada caso deve ter tratamento individualizado. Finalmente, o ideal é procurar um especialista na área de neuroftalmologia”, conclui a médica.

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Dra. Marcela Barreira é  oftalmopediatra, especialista em estrabismo e neuroftalmologista. 

 O consultório fica na Vila Nova Conceição, zona sul da cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para  11 3846 0200

Matéria produzida pela jornalista Leda Maria Sangiorgio – MTB 30.714
É expressamente proibida a cópia parcial ou total do material, sob pena da Lei de Direitos Autorais, número 10.695. 

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